terça-feira, 9 de outubro de 2012

Incógnita - um fim sem começo
























Então parecia que nada mais a satisfazia, nem a carne viva, nem a morta, tudo deixara de ser sonho,ou não.A vida cheia de nada que vivia diariamente forçava o coração sempre cheio, nunca completo.A música, aquela que por mais que ouvisse, que tentasse, que treinasse, nunca conseguiria alcançar aquela nota, isso é apenas para poucos.Gritava com os olhos fechados que escorriam lágrimas frias, as quais enxugavam seu rosto, sentiu uma brisa,então calo-se.Ao abrir os olhos se deparava estar em uma praia,deserta.Cada grão de areia no qual aos poucos ela caminhava , grudava-se aos pés, ao corpo, a boca, ao cabelo, cada passo ia trazendo mais e mais consigo.Flutuava levemente ao som de uma musica qualquer,de repente, assim , do nada deu-lhe um aperto no coração e caiu ,no mar, onde tudo se dissolvia, tão rápido, a música chegara ao seu fim, e as águas traiçoeiras a levaram para longe...Longe? profundamente dentro dos pensamentos de uma água cristalina que coloriu os olhos mais escuros já vistos pelo homem.Ah, ela, com os olhos castanhos perdidos na água nem se lembrara mais como era, fisicamente e espiritualmente ; o espírito se libertou nas águas secas do mar, e o físico se perdeu ao soltar a terra.Cada fio castanho de seu cabelo queimara, cada pedaço de sua carne presa à pele branca ,sumira com a areia.Mas o que havia acontecido ? Pois, estava ela jogada  a um quarto quando voltou a espirar, como seria possível?  sem saber onde estava ou como havia chego ali; mas, havia um homem naquele recinto escuro onde ela se encontrou (ou não), uma luz a iluminou, de baixo para cima, como nunca visto antes, ela se tornou feita de luz, que se expandiu pelo quarto, revelando o homem.Alto, magro,cabelos loiros à altura do ombro, óculos, e os olhos do mais claro verde a encarava, a cabeça dele estava inclinada para a direita.Ele se levantou e estendeu a mão  direita em direção à ela e acenou com a cabeça; ela estendeu a mão direita para com a dele e levantou a cabeça, ao se encostarem houve uma explosão e novamente um apagão.Tudo aconteceu tão rápido, um loiro, um toque e uma explosão ...e então queridos, tudo ficou escuro.Ao abrir os olhinhos não via nada, nem a si mesma, não se mexia, nem sentia seu corpo, aquilo era a escuridão , profunda e eterna.

Comentem ! bjs Bia

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