quinta-feira, 24 de abril de 2014

Infelizes Conclusões de um Suicida Tipo 04

O Abandono dos Companheiros Desinteressados

Nas manhãs chuvosas e nas secas, a forca esperava verdadeira e extremamente útil.A solidão suicida que a sufoca com sussuros e já esperadas palavras da meretriz, um dia chamada de amiga.Entre as sombras da greve de fome e os arranhões nos pulsos, a masoquista parte à procura de um sadista que a faça feliz.Porém,a felicidade não é uma opção, já que ela não é sequer escolha para eles.
A confiança que foi dada não é recíproca, os tais companheiros se esqueceram de ligar e dar notícias, felizes em seus cantos, cantam à vida enquanto ela sufoca o próprio pescoço.
As palavras a matam cada vez mais no entuito de prezar a vida.Viver no mundo perfeito nunca foi fácil para a depressiva verdade, que se diverte rogando a morte.Cortai os pulsos para que não possa mais cultivar demônios em solo sagrado, folhas de papel infinito e sangue na tinta que percorre o corpo escrito.
Na decisão branca a chuva novamente se faz de inocente perante o egoísmo e inveja, naturalmente humanos, dos pecadores que jamais admitirão culpa.Já conhecida a dor e os traços instintivos de um selvagem, ela abdicou o sofrimento e acolheu a rendição no controle do próprio fim.
Se fora dada não é sabido, pois as lágrimas são sugadas pelo tempo para alimentar os rostos que não apresentam conhecer a tristeza.Falsários e impróprios termos daqueles que recusam crer no talento natural, e, assim valorizam a ardilosa técnica aprendida artificialmente.A escrita é veneno e antídoto do escritor consumido pela dor.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Carta Desprovida de Mandato

A apreciação deste perfume e os oque acidentais que transmitem,nesse conjunto marcante,  calor que aos poucos queima.Consome as costas que um dia foram dadas e esculpidas por tal fervor ,no ápice do sentir autenticidade nas palavras ditas.
Ferrenha é a culpa polida nas noites claras,cujo teor é acentuado perante esta presença.Chegou tarde com o vento marítimo da incerteza, àquela qu sempre soube eu destinado paradeiro.As entes entram em acordo co o simples consentimento do dizer entre as melodias desconhecidas.
Os risos parecem sinceros como as marcas nas mãos, fugitivas e malditas.Não é coerente, e nunca será.O intelecto e os gritos se sobressaem na combinação dos dizeres e crenças.O fogo oscila furioso contra os pensamentos homicidas, pois a solidão é escolha os mal amados.
Referencias ricas e preciosas, precisos vícios que tornam a complexidade redundante.Os segredos dos segredos de uma frase dita baixo, cautelosa; nativa da unção do lá e cá, concebidos da análise geral.Dorme,morre nos braços fracos e incapazes de jurar utilidade alguma diante de ser.

B²

sábado, 12 de abril de 2014

Inédito e Esquecido

Ouvi dizer que o neto caçula tinha algo a dizer.
Se disse? Eu perguntei a ele mas nada saiu de seus lábios.Tamanho seria o desperdício de suas cordas vocais com insignificante informação.
Olhos firmes, rosto maduro e sarcasticamente familiar.Ombros largos e imponente voz na suavidade de um ser criança.
Oscilava entre a luz e as trevas, opondo-se às próprias memórias de esquecidos nomes que, nas noites embriagadas de suor, compartilharam seu ser.
Foi para não voltar; na noite que é senhora de escravos sorridentes , belos, altos , e, desatentos às palavras silenciosas arremessadas em seu peito.
No relance de olhar conclui o que já era sabido: Não existe verdade senão no irreal.Apenas o sonhador conhece de fato os integrantes e cúmplices de seu crime, como o sorriso daquele que fora inesperado e voltara em decepção.
À aqueles que lêem para usufruir da inocência das histórias, saibam pelo neto mais novo outra versão; pois esta que aqui está, só eu posso comprovar.
Tenham cuidado amados...Os que mais cedo vão se parecem muito com vocês!

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Amizade de Porcelana

Meu coração não suporta essa ausência continua,e (pior),seguida da procura.
A persistência dobra meu coração como uma metáfora ruim,vaga de argumentos.Insinuo verdades incontestáveis enquanto elas fingem estarem de acordo (com o plano).
Eu, não merecedora de algum tempo , traço na penumbra as memórias que compartilhamos, em um passado distante (distante desse alvoroço que as preenche).
Contextualizando algum nome desconhecido lamento a falta dessas amizades, dadas como primordiais e primeiras.
O ser melhor não tem muito valor, pois aquele lá (lá e lá) não possui maturidade para escrever (realmente) uma linha de meus livros.Ainda assim ele se sobressai, pergunto: Como? Ousando dizer que conhece meus passos? Nomeando-se superior ?
Me recuso por completo deixar o vento surrupiar minhas amigas.
Não permitam morrer, pois já que a esperança é a última que morre, aguardo respostas enquanto as vejo esquecer de mim.