quinta-feira, 24 de abril de 2014

Infelizes Conclusões de um Suicida Tipo 04

O Abandono dos Companheiros Desinteressados

Nas manhãs chuvosas e nas secas, a forca esperava verdadeira e extremamente útil.A solidão suicida que a sufoca com sussuros e já esperadas palavras da meretriz, um dia chamada de amiga.Entre as sombras da greve de fome e os arranhões nos pulsos, a masoquista parte à procura de um sadista que a faça feliz.Porém,a felicidade não é uma opção, já que ela não é sequer escolha para eles.
A confiança que foi dada não é recíproca, os tais companheiros se esqueceram de ligar e dar notícias, felizes em seus cantos, cantam à vida enquanto ela sufoca o próprio pescoço.
As palavras a matam cada vez mais no entuito de prezar a vida.Viver no mundo perfeito nunca foi fácil para a depressiva verdade, que se diverte rogando a morte.Cortai os pulsos para que não possa mais cultivar demônios em solo sagrado, folhas de papel infinito e sangue na tinta que percorre o corpo escrito.
Na decisão branca a chuva novamente se faz de inocente perante o egoísmo e inveja, naturalmente humanos, dos pecadores que jamais admitirão culpa.Já conhecida a dor e os traços instintivos de um selvagem, ela abdicou o sofrimento e acolheu a rendição no controle do próprio fim.
Se fora dada não é sabido, pois as lágrimas são sugadas pelo tempo para alimentar os rostos que não apresentam conhecer a tristeza.Falsários e impróprios termos daqueles que recusam crer no talento natural, e, assim valorizam a ardilosa técnica aprendida artificialmente.A escrita é veneno e antídoto do escritor consumido pela dor.

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