sábado, 28 de junho de 2014
Outra Madrugada em Claro
O destino jamais deixa falhas e age minuciosamente para que toda história tenha seu par.Horas atrás o meu destino se mostrou culto e de bom gosto quando me fez lembrar de que o acaso não existe para quem ousa enfrentar a vida.Simplesmente caminhava eu entre as ruas,corredores e pessoas ao encontro de meu futuro iminente quando os olhos meus saíram dessa terra e abraçaram as três fadas.
Cada uma delas tem sua importância, a primeira a ser vista foi a fada Cornélia, que tivera papel essencial pois ela foi aquela que ofertou a maçã envenenada aceita por mim, foi ela com seu choro aberto que molhou o chão e tornou-se responsável pela água.
Logo após ver Cornélia, avistei Fenícia, a sábia fada que guiou-me na escuridão e mostrou-me as cores que podem ser formadas em cima da plataforma de madeira, sendo portanto ela a fada das luzes.
Mais tarde,quando já não esperava nenhuma surpresa, encontrei Parnala, a fada ligeira que sempre torna a provocar-me por saber da significação que tem para mim; a fada do fogo que queima em meus dedos ao escrever é a que permaneceu constante entre as três.
As três fadas e eu formamos o grupo dos infinitos afogados em um só gole,em um só encontro casual.Deixei resquícios para voltar e revê-las assim que o Destino quiser, a todo e qualquer momento em que um dos corações gritará por socorro,perdão,um abraço ou uma palavra dirigida à pessoa certa.
sábado, 14 de junho de 2014
Heresia
Nos versos dessa música aqui nessa sala sob meia luz, de incoerentes sobras e pensamentos possessos por um só ser.Eis então que um sorriso, o mais verdadeiro em noites de chuva fria, é feixe de clareza em olhos tão sombrios.Malditas sejam as palavras, pois não sabem quando na felicidade transformá-la em lira; só sob cálidos pensamentos o poeta renasce.
Aqui e aí: Permitas que a mão minha receba da tua o calor já não mais conhecido, permitas que no dia mais doce do ano seja eu provida da tua companhia.Talvez nos bosques, nos ares verdes da floresta ou no campo vazio eu encontre pela acromia a tão necessária atitude.
ciente do que fazes? Colocaste uma interrogação sem resposta nas linhas e uma cômoda ideia em minha mente.Aí está o problema, o pouco de racionalidade que tenho me permite concluir o teor desta ideia altamente corrosiva, de tal poder que, uma vez penetrada em meus ideais, é impossível libertá-la.De certo fora um sonho ou ilusão responsável pelo sotaque que se apoderou de meu corpo e fala, a semântica da sentença deformou-se ao meu riso sincero e sem sequencia pois a palavra responsável por tal graça era de nula importância até então.
B²
terça-feira, 10 de junho de 2014
Suspiro
Eu poderia me acostumar com essa foto na minha carteira:Me avaliando quanto as ações que, ao olhá-lá, arrependo-me de ser a dona.Esse passado não tão distante não condiz com o que gostaria de apresentar ao dono da fotografia,mas como não posso mudar o feito, resta-me melhorar este futuro.
Fui pega de surpresa e espero que assim continue, com o brilho no olhar ao ler um nome de verdadeira significação.Ponto ali,ponto aqui, a conversa vai sendo desfrutada sem a necessidade da qualidade, apenas o espontâneo falar.
Como se fosse prosa no deserto azul avisto, ao olhar para a esquerda, um espelho redondo refletindo forte luz em meus olhos, uma luz sem cor distinta que não mede esforços para explicar sua função: feche os olhos e olhe.
Essa madrugada de repente se torna produtiva quando a bondade decide visitar-me.Recusar não é permitido - e nem requisitado.
Talvez o destino que tanto amo esteja em tempos de paz, ou seja apenas fruto da árvore que decidi plantar.
Que venham antes as flores,pois o aroma destas não deve ser esquecido, enquanto a chama que arde no coração de todo poeta - e, consequentemente, amante - se entrega à escrita e aos braços daquele que apenas passou para dizer olá.
(Hoje não haverá revisão, todo inconsequente alcança seu objetivo e assim farei eu na permissão de algumas rimas pobres sem vírgulas na madrugada da última noite desta festa de gula e valores)
Quero em breve dizer que Bebi da água da terra.